COVID-19: Frente de Combate sem Retaguarda

A emergência social e de saúde provocados pela situação de pandemia COVID-19 obriga a tomadas verdadeiramente excecionais e urgentes.

Os bombeiros são a linha da frente de combate da proteção civil na emergência e socorro. Principalmente em caso de ocorrência de incêndios, acidentes e, ou, catástrofes. Assim, devido às circunstâncias extraordinárias e sem paralelo próximo que todos vivemos, seremos chamados a trabalho que se prevê acrescido no risco de potenciar efeitos de possível contágio entre operacionais e escassez de meios, sem no entanto ninguém se assegurar se temos ou não as devidas condições para o fazer. A verdade é que e apesar de todos os esforços que temos feito no sentido de tentar chegar a nossa palavra onde deve ser lida atentamente, tarda uma orientação política concreta tomada a nível geral, bem como o devido suporte financeiro e técnico que permita fazer face a este surto que ameaça severamente a saúde de todos, no que respeita aos bombeiros.

Perante o atual cenário, informamos os associados e cidadãos em geral, que praticamente deixamos de ter qualquer receita. Isto considerando que o transporte de doentes não urgente parou por imposição, os serviços de INEM reduziram drasticamente e igualmente por que os restantes serviços deixaram de se fazer. Acrescido do facto de pagarmos a fornecedores preços verdadeiramente usurários por qualquer equipamento de proteção individual e de higienização será expectável que rapidamente as associações humanitárias de bombeiros entrem em rápido colapso financeiro, estando assim consequentemente ameaçado o socorro e emergência indispensável que prestamos e que mais ninguém tem capacidade para realizar nas suas respetivas comunidades aos seus cidadãos.

A natureza excecional desta crise com a sua dimensão de efeitos devastadores que provavelmente se fará estender bastante no tempo e a magnitude de seu impacto na normalidade, pede a célere e urgente tomada de medidas excecionais que poderão minimizar o impacto na tesouraria e finanças das nossas associações, deste modo não comprometendo a capacidade de resposta perante os crescentes pedidos de emergência.

Dando conta da fragilidade descrita e que, sem prejuízo de haver outras, devem ser consideradas urgentemente as seguintes medidas:

  1. Isenção imediata de qualquer obrigação fiscal e de contribuições para a segurança social, para os trabalhadores das Associações Humanitárias de Bombeiros, sem qualquer prejuízo para estes;
  2. Reforço de capacidade financeira para as Associações Humanitárias de Bombeiros para garantir pagamento de salários e demais obrigações, sob pena de assistirmos a uma escalada de despedimentos;
  3.  Constituição de uma central de compras Distrital, de forma a rapidamente conseguirmos obter EPI e material de desinfeção, com consequente distribuição pelas associações deste distrito;
  4. Chamada de atenção para o ICNF que ainda recentemente autorizava queimas e queimadas aumentando exponencialmente o perigo de incêndio, no sentido de proibir as mesmas, adotando outras políticas.
  5. Melhor articulação entre outras forças da Proteção Civil, no combate aos incêndios florestais. Desde que foi decretado Estado de Emergência, já fomos obrigados a combater vários incêndios florestais, o que, inevitavelmente, reduz o número de operacionais, bem como consequentemente a sua capacidade de resposta no caso de pedidos de socorro e emergência, aumentando igualmente a sua exposição e risco de contágio.
  6. Assegurar de imediato o pagamento de todas as despesas relacionadas com a ocorrência de incêndios.

Estas serão as preocupações mais prementes, que julgo serem extensíveis a todas as associações humanitárias de bombeiro e inevitáveis de forma a que continuemos a assegurar o nosso trabalho humanitário

Muita coragem e saúde para todos. Fiquem em casa.

 

O Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez

Germano Amorim

Toques das Sirenes

1 Toque: Chamar motorista

2 Toques: Acidente

3 Toques: Incêndio florestal

4 Toques: Incêndio em habitação (vila)

5 Toques: Incêndio em habitação (aldeia)

10 Toques: Activação do Plano de Emergência Municipal

Informações úteis

Telefone AHBVAV: +351 258 520 300 (Chamada para a rede fixa nacional)

Em caso de incêndio ligue 117

Em caso de emergência ligue 112

Contactos

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